Dados do Trabalho
Título
Infecção pelo vírus SARS-CoV2 nos Recém-Nascidos Expostos na Gestação em uma Maternidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro: um Estudo de Coorte
Introdução
Em dezembro de 2019, foram relatados os primeiros casos de SARS-CoV-2, em Wuhan (China) e se espalhou pelo mundo, tornando-se uma pandemia em 11 de março de 2021. A maioria das pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 apresentam quadro clinico leve a moderado, com recuperação, sem a necessidade de internação. No entanto, no grupo de pessoas vulneráveis, como gestantes, tem maior probabilidade de desenvolver sintomas graves. Evidências de infecção materna por outras doenças virais, sugerem que as gestantes correm maior risco de morbidade e mortalidade e neonatal grave.
Objetivo (s)
Este estudo objetiva descrever a proporção de transmissão vertical entre os recém-nascidos expostos à infecção pelo SARS-CoV-2 na gestação em uma maternidade da região metropolitana do Rio de Janeiro entre 27 de março de 2020 até 06 de março de 2022.
Material e Métodos
Estudo de Coorte prospectiva, de gestantes internadas com ou sem suspeita de COVID-19, entre março de 2020 e março de 2022. Foram coletadas amostras de swab nasofaríngeo das gestantes ≥15 anos de idade e sangue, além de sangue de cordão e do recém-nascido (RN), com exposição materna pelo SARS-CoV-2. Foi realizada reação em cadeia de polimerase em tempo real (RT-PCR) ou teste rápido de antígeno (AG) para diagnóstico de infecção aguda pelo SARS-CoV-2. Sorologia IgG (anti-Spike) positivo no sangue de cordão ou sangue do RN foi usado como marcador de imunidade materno-fetal. Foram excluídas gestantes imunizadas contra a COVID-19 ou as perdas de seguimento no parto.
Resultados e Conclusão
Das 1171 gestantes que deram à luz a 1055 recém-nascidos (RN´s); 296 (24,4%) parturientes foram infectadas pelo SARS-CoV2. A transmissão vertical foi observada em 5,6% (6/107) dos RN´s infectados próximo ao parto, sendo quatro internados na UTI Neonatal devido a desconforto respiratório nas primeiras horas de vida e prematuridade. Verificamos que 53,7% (50/93) dos RN´s com exposição materna, apresentaram imunidade passiva pelo SARS-CoV-2 (IgG positivos no sangue do RN e/ou sangue de cordão). Se por um lado 67% dos neonatos infectados por transmissão vertical apresentaram infecção grave com desconforto respiratório ao nascimento. Por outro lado, a infecção materna produziu imunidade passiva em outros RN´s expostos a infecção pelo SARS-CoV-2 durante a gravidez.
Palavras-chave
COVID-19, SARS-CoV-2, transmissão vertical, infecção neonatal; imunidade materno-fetal.
Agradecimentos
Financiamento do PROAP/CAPES
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Michelle Oliveira Brendolin, Mayumi Duarte Wakimoto, Larissa Rangel Lira da Silva, Patrícia Brasil