Dados do Trabalho


Título

ISONIAZIDA: PERFIL DE RESISTÊNCIA NO ESQUEMA BÁSICO DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NO ESTADO DO AMAZONAS, 2019-2022.

Introdução

A tuberculose (TB) é a segunda causa de morte por doença infecciosa no mundo. No Brasil, observou-se o aumento do coeficiente de incidência em 2022 em todas as faixas etárias e sexos, bem como o aumento no registro dos casos de TB drogarresistente (TB-DR), principalmente pela detecção de resistência a rifampicina pelo Teste Rápido Molecular para TB (TRM-TB). A isoniazida é um componente essencial do esquema básico de tratamento da TB ativa, em combinação com rifampicina, pirazinamida e etambutol, sendo também utilizada no tratamento da infecção latente. A resistência à isoniazida ainda não é detectada na rede de TRM-TB no Brasil.

Objetivo (s)

Descrever os casos de resistência a isoniazida no estado do Amazonas, no período de 2019 a 2022.

Material e Métodos

Estudo descritivo de resultados de Teste de Sensibilidade realizados pelo Método das Proporções, em cepas de Mycobacterium tuberculosis processadas nos anos 2019 a 2022 no LACEN-AM/FVS-RCP e Centro de Referência Professor Hélio Fraga/Fiocruz, registradas no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL-AM).

Resultados e Conclusão

No período foram analisadas 4.443 cepas, das quais 366 (8,2%) apresentaram algum tipo de resistência a isoniazida, isolada ou associada a outras drogas de primeira linha. A monorresistência foi a apresentação mais frequente (228 = 62,3%), seguida de multirresistência (106 = 29%) e polirresistência (32 = 8,7%). Nos casos de monorresistência à isoniazida, mais da metade dos casos (133 = 58,3%) foram registradas nos anos 2021 e 2022.
Observa-se um número expressivo de casos de resistência a Isoniazida no Amazonas, principalmente de casos de monorresistência. Por ser um antibiótico de primeira linha para o tratamento da TB, a aumento destes casos é preocupante, devido ao risco de evolução para TB resistente a múltiplas drogas (MDR-TB) e TB extremamente resistente (XDR-TB). Os mecanismos de resistência aos fármacos ocorrem por mutações cromossomais em diferentes genes da bactéria e pela exposição aos medicamentos, favorecendo uma pressão seletiva que contribui para o desenvolvimento de linhagens resistentes. A resistência aos tuberculostáticos compromete o tratamento e dificulta a cura, sendo considerada uma ameaça à eliminação da doença no mundo. Conhecer o perfil das cepas com resistência contribui para a melhoria no diagnóstico e tratamento adequado dos doentes de tuberculose e para a redução da transmissão de cepas resistentes na comunidade.

Palavras-chave

Mycobacterium tuberculosis. Hidrazinas. Farmacorresistência bacteriana

Área

Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

ADRIANA A FERREIRA, ETELVINA G C S ZARANZA, REGIA C S CAVALCANTE, GINA M S SOUSA, HELEN J S MEDEIROS, MARLUCIA S GARRIDO, ANA R L ARCANJO, DANIEL B CASTRO, TATYANA C A RAMOS, CLAUDIO F ARAUJO