Dados do Trabalho


Título

Avaliação da intradermorreação de Montenegro e a resposta terapêutica da leishmaniose tegumentar americana em casos clínicos causados por Leishmania (Leishmania) amazonensis

Introdução

A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é considerada um importante problema de saúde pública e o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento. A intradermorreação de Montenegro (IDRM) é um teste de fácil execução, alta sensibilidade e constitui-se em uma ferramenta de extrema importância no diagnóstico da LTA. Trabalhos na literatura têm discutido a relação entre o comportamento da IDRM e o prognóstico da doença

Objetivo (s)

Avaliar a associação entre a IDRM e a resposta terapêutica da leishmaniose tegumentar americana em casos clínicos causados por Leishmania (Leishmania) amazonensis

Material e Métodos

Foram selecionadas e analisadas 87 fichas de registros de casos de pacientes diagnosticados com LTA no ambulatório de leishmanioses “Prof. Dr. Ralph Lainson”(LLEISHRL) do Instituto Evandro Chagas-SVSA/MS no período de 2009 a 2018. Participaram do estudo pacientes que haviam sido submetidos aos exames de intradermorreação de Montenegro (IDRM) e parasitológico direto (PD) e que tinham recebido tratamento completo. Os esquemas terapêuticos consistiram em 12mg/kg/dia de antimoniato de meglumina, duas séries de vinte e dois dias cada, com intervalo de dez dias entre as séries para os casos de leishmaniose cutânea localizada (LCL) e de 3 a 4 séries nos casos de leishmaniose cutânea disseminada borderline (LCDB). Os pacientes tiveram acompanhamento por período de pelo menos 6 meses.

Resultados e Conclusão

Do total de casos analisados, 16 (18,40%) eram do sexo feminino, com faixa etária entre 4 a 68 anos e 71 (81,60%) do sexo masculino com idade entre 7 a 81 anos. A forma clinica predominante foi a LCL com 93,10%, dos casos, enquanto a LCDB correspondeu a 6,9%. Todos os indivíduos apresentaram IDRM negativo e 100% de positividade no PD. Quanto ao número de lesões, na LCL 69 (85,18%) tiveram de 1 a 2 lesões com tempo de evolução (TE) variando de 1 a 24 meses (média= 3,72) e 12 (14,81%) 3 a 5 lesões, com TE entre 2 a 6 meses (média= 2,91). Já na LCDB 5 (83,33%) indivíduos apresentaram de 10 a 18 lesões e TE de 2 a 5 meses (média =2,8) e 1 (16,62%) apresentou 22 lesões com TE de 3 meses. Todos indivíduos realizaram tratamento completo e a cura ocorreu 86 (98,85%) casos, somente em 01 caso foi relatado que o indivíduo contraiu nova infecção antes da alta por cura clínica. Nossos resultados demonstraram que não foi observado relação entre a não reatividade da IDRM e falha terapêutica.

Palavras-chave

IDRM; leishmaniose tegumentar americana; terapêutica

Área

Eixo 06 | Protozooses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Vitória Queiróz Ferreira, Thais Gouvea de Morais, Fernando Tobias Silveira, Marliane Batista Campos