Dados do Trabalho


Título

A COVID-19 e doenças infecciosas no município de Belém – PA

Objetivo (s)

O objetivo desse estudo foi analisar o impacto da COVID-19 na notificação de doenças de notificação compulsória no município de Belém (PA) no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022.

Material e Métodos

Estudo ecológico com população os casos das doenças de notificação compulsória: AIDS, criança exposta ao HIV, Gestantes HIV+, Doença de Chagas Aguda, Doença Exantemáticas, Hanseníase, Hepatites Virais, Leishmaniose Tegumentar Americana, Leishmaniose Visceral, Leptospirose, Meningite, Sífilis Adquirida, Sífilis Congênita, Sífilis em Gestante e Tuberculose, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022, e sua relação com a pandemia da COVID-19, em 2020 a 2022, na notificação e distribuição destas doenças na cidade de Belém, estado do Pará, obtidos no Secretaria Municipal de Saúde. Utilizou-se o indicador epidemiológico de números de casos, os recursos da epidemiologia clássica, indicadores apresentados em forma de tabelas e gráficos, através dos programas Microsoft Office Excel 2010.

Resultados e Conclusão

Entre 2017 e 2019, período pré-pandêmico, os agravos registraram os seguintes números de casos: Meningite (1.682), Tuberculose (5.116), Hanseníase (887), Doença de Chagas (849), Hepatite (1.221), HIV Gestacional (452), Leishmaniose Visceral (122), Leptospirose (410), AIDS Adquirida e Congênita (4.573), Sífilis Gestacional (881) e Sífilis Congênita (313). Durante o período pandêmico, 2020 e 2022, foram notificados 153.431 casos de COVID-19, enquanto que os demais agravos apresentaram as seguintes variações relativas em comparação ao período anterior: Meningite (1.086/-35,43%), Tuberculose (5.292/+3,44%), Hanseníase (483/-45,55%), Doença de Chagas (505/-40,52%), Hepatite (749/-38,66%), HIV Gestacional (336/-25,66%), Leishmaniose Visceral (70/-42,62%), Leptospirose (271/-33,90%), AIDS Adquirida e Congênita (3.826/-16,34%), Sífilis Gestacional (1.421/+61,29%) e Sífilis Congênita (714/+128,12%). Durante a pandemia, constatou-se principal redução nas notificações de Hanseníase, Leishmaniose Visceral e Doença de Chagas. Sífilis Congênita e Gestacional aumentaram expressivamente. O menor investimento em busca ativa de casos e a maior exposição a fatores de risco dos agravos durante a pandemia podem explicar essas variações. Os resultados evidenciam limitações no sistema de saúde municipal, que enfrenta desafios na gestão de serviços, especialmente para doenças que requerem controle periódico.

Palavras-chave

COVID-19; Notificação de Doenças; Epidemiologia; Sistema de Informação em Saúde.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Doutorado

Autores

Erica Silva Souza Matsumura, Thomaz Xavier Carneiro , Erick Clayton Gonçalves Feio, Átila Augusto Cordeiro Pereira, Marília Brasil Xavier