Dados do Trabalho

Título

Docking molecular, modelo de predição e síntese orgânica da chalcona heterocíclica na investigação da atividade larvicida em Aedes aegypti (Diptera: Culicidae).

Introdução

Responsável por transmitir diversas arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, o mosquito Aedes aegypti vem sofrendo um processo de expansão populacional, em parte devido à ineficiência dos métodos de controle utilizados. Compostos sintéticos têm sido estudados pelo meio científico, devido a sua vasta aplicabilidade biológica. Nesse sentido, a busca de novas moléculas sintéticas com atividade inseticida é de grande valia.

Objetivo (s)

Sendo assim, os objetivos deste estudo são avaliar o uso de ferramentas computacionais diante da síntese de chalcona heterocíclica (CH), sua atividade larvicida (AL) em Ae. aegypti, e toxicidade em Artemia salina (AS).

Material e Métodos

Como metodologia, a análise computacional da CH foi elaborada através dos softwares, Molpredict X, Docking Molecular e Molegro Virtual Docker v.6.0.1. Para AL, grupos de 25 larvas L3 de Ae. aegypti foram expostas a diferentes concentrações da CH (5-100 ppm), e a mortalidade avaliada após 24 e 48h. Nos grupos controle as larvas foram expostas a água + DMSO 2% + Tween 20 2%. Para análise de toxicidade foram utilizados grupos com 10 náuplios de AS, expostos a diferentes concentrações da CH (5-100 ppm), e a mortalidade avaliada após 24h. Como controle, utilizou-se água + DMSO 2% + Tween 20 a 2%. Os experimentos foram feitos em duplicata. A análise estatística foi feita por meio do teste Anova e pós teste de Tukey e as diferenças foram consideradas em P <0.05.

Resultados e Conclusão

Como resultados, a CH demonstrou uma maior afinidade ao alvo em estudo. Interações nos resíduos: Leu102, Ile12 e Arg24 foram identificadas diante das estruturas simuladas. Na AL, a CH apresentou variabilidade entre 64 e 100% nas concentrações testadas, sendo a concentração de 100 ppm a menor capaz de matar todas as larvas. Quando consideramos o período de 48h de exposição, houve incremento da mortalidade, reduzindo a CL50 de 13,03 para 12,66 ppm. Nos ensaios de toxicidade, houve 100% de morte em AS nas concentrações de 10-100 ppm e 30% em 5 ppm. Como conclusão, foram observadas semelhanças entre a CH e o ligante ácido palmítico. A Leu102 e Arg24 foram apontados como resíduos chave na manutenção da cadeia hidrofóbica da proteína em estudo. Possui AL mesmo em baixas concentrações, sendo uma substância promissora para o desenvolvimento de novos inseticidas contra o Ae. aegypti. Os resultados de toxicidade mostram que ela também é tóxica para organismos não alvo, o que deve ser melhor estudado no futuro.

Palavras-chave

Palavras-chave: Culicídeos; inseticida sintético; Artemia salina.

Agradecimentos

Fapesq-PB