Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico da sífilis na gestação na região do Centro-oeste do Brasil

Introdução

A sífilis gestacional é a segunda causa infecciosa mais comum de natimortos em todo o mundo. A ausência de um rastreio adequado nessas populações para identificação precoce de sífilis na gestação e a ausência da realização de tratamento adequado e efetivo da gestante com sífilis pode culminar em consequências graves no feto ou concepto e manifestações clínicas precoces ou tardias da sífilis congênita vertical.

Objetivo (s)

Verificar o perfil epidemiológico e analisar as frequências de sífilis durante a gestação nos estados do Centro-Oeste do Brasil.

Material e Métodos

Estudo observacional, descritivo e restrospectivo, baseado nas informações de sífilis gestacional do período de janeiro/2016 a dezembro/2021 registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Os dados foram exportados em formato *.CSV para o programa Rstudio versão 3.5.3.

Resultados e Conclusão

Foram notificados 24.232 casos de sífilis em gestantes no sexênio. A partir da quantidade de casos, foi calculada a taxa de incidência da região Centro-Oeste que foi de 17,00 casos por mil nascidos vivos. A maior taxa de incidência foi o Mato Grosso do Sul (28,78 por 1000 nascidos é a entre 10 a 14 anos. No tocante a escolaridade das gestantes em todos os estados a menos frequente é analfabeto e a mais frequente na região Centro-Oeste e nos estados de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal é ensino médio completo (18,64%, 23,63%, 20,57%, e 14,84%, respectivamente) e no Mato Grosso do Sul de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental incompleta (22,05%). O resultado da análise temporal das taxas de incidência de sífilis em gestantes foi observado oscilações em todos os estados e na região Centro-Oeste com 3,1% de mudança anual (p=0,76). Apesar disso a análise de regressão por pontos, demonstrada, indicou que as variações anuais não são significativas (p > 0,05) e, portanto, as tendências das taxas de incidência de sífilis em gestantes dos estados da região Centro-Oeste são consideradas estacionárias, ou seja, não aumentaram, nem diminuíram no período que compreende os anos de 2016 a 2021. A assistência pré-natal deve ser alvo de intervenções que promovam o rastreio, a prevenção e o bloqueio da transmissão vertical da sífilis. É essencial a sensibilização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz da gestante e da inserção do seu parceiro, principalmente entre os que apresentam mais vulnerabilidades.

Palavras-chave

Sífilis, Sífilis; Gestação; Transmissíveis; Saúde Materno-Infantil.

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Denise Glória Silva Paula Costa, Patrícia Raiane Cunha Novaes, Murilo Henrique Silva, Antônio Carlos Carvalho Filho, Francielly Alves Guariza, Wallace Costa Neves Júnir, Elisângela Franciscon Naves