Dados do Trabalho


Título

A situação dos óbitos infantis por COVID-19 na Bahia, segundo faixa etária e sexo, entre 2020 e 2022

Objetivo (s)

Caracterizar a situação dos óbitos infantis por COVID-19 na Bahia, segundo faixa etária e sexo, entre 2020 e 2022.

Material e Métodos

As análises de óbitos infantis, foram realizadas simultaneamente através dos bancos de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema para Gerenciamento de Informação - SGI (app pertencente ao estado da Bahia, o qual faz a busca específica de morte materna e infantil com menção de COVID-19). O período analisado foi de 2020 a 2022, sendo a busca realizada em 08 de maio de 2023, com dados sujeitos a alterações.

Resultados e Conclusão

Na Bahia ocorreram 31.413 óbitos por COVID-19, sendo 10.305 óbitos em 2020,17.553 em 2021 e 3.555 em 2022.
No que se refere aos óbitos infantis em 2020 ocorreu 44 óbitos (0,42%), sendo de 0 a 6 dias de vida (neonatal precoce): 5 (11,6%); entre 7 e 27 dias (neonatal tardio): 3 (6,1%) e de 28 a 364 dias (pós-neonatal): 36 (81,8%). Referente ao sexo: feminino (13 / 29,5%) e masculino (31 / 70,4%). Observa-se que a maior ocorrência foi entre óbitos no pós-neonatal e no sexo, o masculino.
Em 2021 ocorreram 46 (0,26%) óbitos, sendo de 0 a 6 dias: 7 (15,2%); de 7 a 27 dias: 3 (6,5%); e de 28 a 364 dias: 36 (78,2%). Relativo ao sexo: feminino (23 / 50%) e masculino (23 / 50%). A maior frequência de óbitos ocorreu na faixa de 28 a 364 dias e não houve diferença entre os sexos.
Em 2022 ocorreram 31 (0,87%) óbitos, dos quais 2 (6,4%) de 0 a 6 dias, 2 (6,4%) de 7 a 27 dias e 27 (87%) de 28 a 364 dias. Sexo: feminino (11 / 35,4%) e masculino (20 / 64,5%). Ocorrendo no pós-neonatal a maioria dos óbitos, bem como no sexo masculino.

Pontua-se que em setembro de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou a imunização contra COVID-19, para crianças a partir de 6 meses de idade, como pode-se observar nos três anos citados ocorreram mais óbitos envolvendo esta faixa etária, evidentemente por ser a maior, e no sexo masculino. Assim faz-se necessário agilidade nesta vacinação, a aceleração dos estudos referente a vacina para os períodos neonatal precoce e tardio, bem como atuação da atenção básica na conscientização das genitoras sobre a importância desta vacinação a partir dos 180 dias, uma vez que este imunizante pode salvar vidas, tornando-as longevas.

Palavras-chave

Óbito infantil; Faixa etária; Sexo; COVID-19

Agradecimentos

O presente trabalho foi realizado com apoio da Equipe e da SESAB/SUVISA/DIVEP

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Fabiola de Souza Lima Santos, Karina Santana da Rocha, Ana de Fátima Cardoso Nunes