Dados do Trabalho
Título
Resposta imune humoral em indivíduos imunizados contra COVID-19 com diferentes regimes vacinais no Rio de Janeiro
Introdução
O Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) possui genoma de RNA que codifica as proteínas estruturais spike (S), membrana, envelope e nucleocapsídeo (N). A spike interage com o receptor celular durante a infecção viral, induzindo anticorpos neutralizantes (AcN), e é o principal alvo das vacinas contra a COVID-19. No Brasil, estão sendo administradas as vacinas CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen, em sistemas de dose e reforço homólogo ou heterólogo. É fundamental para entender a influência destes na resposta imune induzida.
Objetivo (s)
Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar os níveis dos AcN induzidos contra o SARS-CoV-2 em indivíduos vacinados contra a COVID-19 em diferentes esquemas de dose/reforço empregados no Brasil.
Material e Métodos
Avaliamos as percentagens de AcN quantificados por ensaio imunoenzimático e comparamos com os títulos obtidos por ensaio de redução de plaque. Avaliamos a resposta de anticorpos contra a proteína do N, como um marcador de infecção prévia e com a informação sobre infecção prévia com SARS-CoV-2 foi fornecida pelos voluntários que tiveram diagnóstico positivo.
Resultados e Conclusão
Observamos uma forte correlação entre os ensaios e continuamos os estudos utilizando o ensaio imunoenzimático. A imunização com duas doses das vacinas gerou níveis mais elevados de AcN comparado a uma dose, e o grupo que recebeu a vacina da Pfizer apresentou resposta mais homogênea e mais alta após a primeira dose. Observamos uma tendência de queda nas percentagens de AcN nos grupos AstraZeneca e CoronaVac, 4 meses ou mais após a segunda dose. Já no grupo Pfizer, as porcentagens de inibição permaneceram altas mesmo a longo prazo. Notamos uma tendência de aumento no percentual de voluntários IgG positivos para a proteína N no decorrer do tempo, indicando aumento do número de indivíduos infectados. O perfil da resposta de IgG anti-N ao longo do tempo variou entre os indivíduos. Observamos percentagens de AcN mais elevadas nos indivíduos dos grupos AstraZeneca e CoronaVac previamente infectados pelo SARS-CoV-2 em relação aos voluntários sem infecção, enquanto que nos participantes imunizados com a Pfizer, cujos níveis de AcN já eram altos, não foi encontrada esta diferença. Por outro lado, o reforço heterólogo (3ª dose) conferiu uma resposta de AcN mais robusta em todos os regimes vacinais, sendo que o reforço com Pfizer gerou níveis mais elevados de AcN.
Palavras-chave
SARS-CoV2, AcN, resposta imune, vacinas contra COVID-19
Agradecimentos
CAPES, FAPERJ, CNPq, INCTV, IOC-FIOCRUZ
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Doutorado
Autores
Beatriz Lopes Laurentino Caetano, Thiago Rodrigues Machado, Paolla Beatriz Almeida Pinto, Agatha Rezende Pacheco, Amanda Vitória Pinheiro Nascimento, Anderson Paulino Araújo, Adriana S Azevedo, Lorena Oliveira Fernandes Siqueira, Simone Morais Costa, Andrea Thompson Da Poian, Ada Maria Barcelos Alves