Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO E DA EFICÁCIA DE FÁRMACOS PROMISSORES COM BASE DE BIOMASSA E EXTRATOS DE ARTHROSPIRA PLATENSIS (SPIRULINA) PARA O TRATAMENTO DA COVID-19

Introdução

A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 causou a morte de mais de 6 milhões de pessoas. A doença COVID-19, entre outras características, apresenta um perfil altamente inflamatório, na maioria dos casos graves. A relativamente alta incidência e mortalidade pela doença no Brasil exige celeridade no desenvolvimento de estudos de antivirais no combate ao SARS-CoV-2. Produtos naturais obtidos de microalgas vêm despertando o interesse da comunidade científica e da indústria por suas propriedades antibacterianas, anti-inflamatória, antivirais e antifúngicas. Arthrospira platensis (Spirulina platensis) é uma microalga que apresenta alto conteúdo em proteínas (60-70%), destacando-se a ficocianina, além de ácidos graxos essenciais, vitaminas, fenóis e carotenóides. Além disto, Spirulina platensis apresenta ação anti-inflamatória e antiviral com resultados promissores para o tratamento da lesão pulmonar aguda e inibição do pseudovírus do SARS-CoV-2 entre outros vírus.

Objetivo (s)

Ampliar os estudos da biomassa de Spirulina platensis, de origem comercial e cultivada em laboratório, realizar a obtenção de diferentes extratos da biomassa e avaliar os extratos por meio de ensaios de citotoxicidade e em ensaios in vitro.

Material e Métodos

Foram utilizadas seis biomassas distintas, entre elas cinco comerciais e uma laboratorial, com as seguintes extrações: extração em meio aquoso a frio e extração em meio aquoso obtido a quente. Em seguida, testes de citotóxidade foram feitos com todos os extratos em diferentes concentrações (0,25; 0,5; 1,0; 3,0; 6,0; 9,0 mg/ml). Ensaios in vitro foram realizados utilizando células Vero CCL81 infectadas com SARS-CoV-2, seguida de tratamento com extratos de Spirulina.

Resultados e Conclusão

A extração em meio aquoso a frio demonstrou altos níveis de ficocianina. Os testes citotóxicos demonstram que os extratos não são tóxicos até a concentração de 6,0mg/ml, concentrações acima demonstram toxidade. Em ensaios in vitro, com a utilização de células Vero CCL81 infectadas com SARS-CoV-2 com carga viral de M.O.I =1, iniciou-se o tratamento com os extratos de Spirulinas. Os tratamentos foram realizados nas concentrações de 0,5 mg/ml, 3,0 mg/ml e 6,0 mg/ml. Seis dos extratos de Spirulina, além de inibir o efeito citopático viral, estimularam a recuperação celular.

Palavras-chave

COVID-19, SARS-CoV-2, Spirulina, antiviral, ficocianina

Agradecimentos

Capes.