Dados do Trabalho


Título

Platinossomose em primatas neotropicais: eficácia de protocolo com praziquantel

Objetivos(s)

Comparar a eficácia do protocolo de tratamento estabelecido por Mati et al (2020), com praziquantel (25mg/kg/SC/SID, três dias) utilizado em 10 espécimes de Callithrix penicilatta, e sua utilização no tratamento de 5 espécimes de Chiropotes utahicki, e um espécime de Cheracebus lugens, provenientes do plantel de um centro de criação e reprodução de primatas, localizado em Ananindeua – PA.

Relato do Caso

Ao exame clínico observou-se que os animais apresentavam quadro de emaciação, pelos opacos, epitélio descamativo, diarréia e desidratação leve. Foram realizados exames coproparasitológicos (mercúrio, iodo e formol), e ultrassonografia abdominal; os resultados apontaram presença de Platynossomum spp. em todas as amostras fecais, bem como alterações hepáticas observadas durante US: parênquima hepático heterogêneo com áreas hiperecóicas e presença de cistos, congestão vascular, espessamento da parede da vesícula biliar, lama e sedimentos biliares. Após o diagnóstico, antes da utilização do protocolo de Mati et al, (2020) os animais receberam terapia com hepatoprotetor (silimarina 20mg/kg/VO/SID/10 dias), e anti-inflamatório esteroidal (dexametasona 1mg/kg/IM/SID/3 dias) com o objetivo de diminuir os efeitos deletérios provocados pela morte dos parasitos no interior do fígado e vesícula biliar, uma vez que, a obstrução e inflamação dos ductos biliares é um achado pós-mortem comum nos animais com platinosomose. Após a utilização do protocolo (praziquantel 25mg/kg/SC/SID, 3 dias), observou-se redução gradual na quantidade de ovos por grama de fezes, até o exame negativo após a segunda semana do tratamento em todos os animais, seguido por melhora do quadro clínico (ganho de peso, normoquesia, normorexia e órgãos hepáticos com aspecto ultrassonográfico normal), no entanto, observou-se que após a 10° semana de tratamento, com exceção de 2 espécimes de C. utahicki, os animais apresentaram reinfecção e positividade em exames coproparasitológicos posteriores. A eficácia dos protocolos terapêuticos existentes ainda não são comprovados, uma vez que a reinfecção é um achado comum no pós-tratamento, no entanto, no presente estudo não foram registrados óbito após a utilização do protocolo, onde a obstrução dos ductos biliares pelo parasita e a alta concentração fecal de ovos, como possível causa.

Conclusão

São necessários mais estudos com diferentes protocolos para atingir a eficácia terapêutica pretendida, garantindo a segurança do hospedeiro após o tratamento.

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Paula di Kassya Lima Mendes, Mateus Souza Galvão, Natalia Torres Ladislau, Sabrina Luany Silva Silva, Ewerton Lourenço Barbosa Favacho, Gerlane Nunes Noronha, Aline Amaral Imbeloni, Rafael Santos Andrade, Liliane Almeida Carneiro