Dados do Trabalho


Título

Estudo Ecológico e Aspectos epidemiológicos da Doença de Chagas nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil

Introdução

A Doença de Chagas (DC) é uma antroponose de origem infecciosa, cujo agente etiológico é Trypanosoma cruzi, que possui ciclo biológico do tipo heteroxênico e parasita os seres humanos, apresentando morfologia variada de acordo com sua fase evolutiva.

Objetivo (s)

Comparar dados sociais e demográficos a respeito da DC nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, discutindo aspectos sociais e fatores de risco associados, bem como seus índices epidemiológicos

Material e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico comparativo, referente aos casos da DC nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Os critérios de inclusão foram casos notificados no período de 2017 a 2020, com as seguintes variáveis: Faixa etária, Etnia, Evolução, Sazonalidade, Forma de provável contágio, Critério de confirmação, Zona de habitação e Gênero. Usaram-se como critérios de exclusão: casos fora do período definido e análises com altos índices de informações ignoradas. Para o estudo, foram coletados os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Sistema Único de Saúde (SINAN/SUS), do DATASUS e do IBGE. Esses, foram digitados em planilha eletrônica e transferidos para o software estatístico SPSS 21.0 (Statistical Package for the Social Sciences) sendo posteriormente codificados para análise.

Resultados e Conclusão

Houve 1284 casos no período avaliado, sendo 93,9% na região Norte e 4,9% na região Nordeste, verificando o maior número de casos, em ambas regiões, na faixa etária adulta, com média no Norte de 54,7 casos em sua maioria da etnia preta, e cerca de 5,9 no Nordeste, cujo maior número de contaminados se declararam de etnia parda. Nessas regiões mais de 83% dos indivíduos evoluíram com vida, com baixa parcela ou nenhum óbito pelo agravo. A época com maior número de casos no norte foi no segundo semestre do ano, com 84,4%, cujo modo mais provável de infecção foi por via oral, com 85,9%. Com base no critério de detecção observa-se a prevalência do diagnóstico laboratorial em detrimento ao clínico- epidemiológico, em ambas as regiões. Os registros apontam que 98% das ocorrências nas zonas rurais do Brasil estão no Norte, no que se refere ao Nordeste a zona urbana foi a mais prevalente. A população masculina sobrepõe a feminina quanto a contaminação com 54,3%, porém no Nordeste a situação é oposta, com 68,5% para mulheres. CONCLUSÃO: Apesar das duas regiões apresentarem o maior número de casos, os perfis epidemiológicos se distinguem devido aos fatores socioculturais e ambientais.

Palavras-chave

Trypanosoma cruzi;Aspectos sociais;Perfil sociodemográfico

Área

Eixo 06 | Protozooses

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Sabrina Lacerda Veloso , Bruno de Souza Asevedo Lima, Julia Carvalho Reis , Marina Cerqueira de Queiroz, Priscila Sanchez Barbosa , Carlos Danilo Cardoso Matos Silva