Dados do Trabalho
Título
Integração Vigilância e Atenção Primária à Saúde: ações de gestão desenvolvidas para fortalecimento da Vigilância Vetorial da Doença de Chagas
Introdução
Apesar de existir uma normativa de integração da vigilância e atenção primária à saúde (APS) estes processos não estão consolidados. A vigilância vetorial da Doença de Chagas (DC) é realizada pelo agente de combate as endemias (ACE), que tem atuado de forma fragmentada devida a falta de integração entre as áreas. A unidade domiciliar é o local principal de atuação do ACE através da pesquisa ativa de triatomíneos.
Objetivo (s)
Descrever as estratégias de integração da vigilância e APS para fortalecimento da vigilância vetorial da Doença de Chagas.
Material e Métodos
Estudo descritivo realizado em 53 municípios sob gestão da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Minas Gerais. Realizou-se um diagnóstico dos municípios que possuíam o ACE cadastrado no CNES em estabelecimentos que não são da APS. Analisou-se o registro da produção, por profissional, no e-SUS APS utilizando o Cartão Nacional de Saúde de cada ACE Chagas. A partir de março 2023 realizou-se capacitação presencial com ACE Chagas e coordenador de endemias dos municípios; capacitação online com coordenadores de vigilância em saúde e atenção primária; envio de ofício a todos os gestores de saúde dos municípios que não tinham o ACE cadastrado em equipes de APS, com recomendação de inserção; confecção de nota informativa orientando como se dá o cadastro deste profissional em estabelecimento de APS dentro do CNES; monitoramento mensal da produção registrada no e-SUS APS; informes em reuniões online com coordenadores e situação do registro nos grupos de WhatsApp. Para as capacitações foram utilizadas apresentações em slides de power point e simulações no sistema e-SUS APS.
Resultados e Conclusão
40 dos 53 municípios da SRS possuem ACE que atuam na vigilância da DC (75%). Antes da intervenção, em média 10 visitas domiciliares de ACE Chagas, eram registradas no e-SUS APS, mensalmente. Em monitoramento das visitas domiciliares registradas após intervenção, observou-se que em março e abril de 2023, houve 65 e 108 visitas domiciliares em cada mês. Quando comparada à média de visitas domiciliares no período pré e pós intervenção, identificou-se um aumento de 891% no número de visitas domiciliares registradas no e-SUS APS. Apesar das intervenções serem recentes, observou-se êxito na estratégia de gestão utilizada. O monitoramento contínuo da estratégia e espaços de discussão entre vigilância e APS fará com que a integração se efetive nos processos de trabalho, fortalecendo o planejamento das ações nos territórios de atuação.
Palavras-chave
Doença de Chagas, ACE, APS
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Nayara Evangelista, Ana Paula Pereira Carlota, Ana Camila Neves Morais, Edilberto Flávio Santos, Marcelo Henrique Guimarães Bueno, Nayara Dornela Quintino, Rogério Rocha, Orivaldo Campos Silva, Magno Luiz Santos, Fabrício Carlos Barbosa