Dados do Trabalho


Título

Distribuição de Lutzomyia longipalpis na área urbana do município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.

Introdução

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença grave causada por infecção pelo protozoário Leishmania infantum, transmitido por fêmeas da espécie Lutzomyia longipalpis. A doença vem apresentando aumento de casos em humanos, com maior incidência em áreas urbanas e socioeconomicamente desfavorecidas. Montes Claros, município localizado no norte de Minas Gerais, é uma área endêmica com alta transmissão de LV, apresentando média de 26 casos humanos por ano entre 2013 e 2017. Portanto, atividades de vigilância entomológica são fundamentais dentro do programa de vigilância e controle das leishmanioses.

Objetivo (s)

Avaliar a distribuição espaçotemporal de Lutzomyia longipalpis em duas áreas do município de Montes Claros, controle e intervenção, no contexto da implementação de coleiras impregnadas com Deltametrina 4%.

Material e Métodos

Foram realizadas capturas em 10 domicílios de cada área, selecionados de forma aleatória. Em cada domicilio foram instaladas duas armadilhas luminosas do tipo CDC, em ambiente intra e peridomiciliar. As capturas foram realizadas em três noites consecutivas por mês, entre ago/2021 e ago/2022. Após as capturas, os insetos foram identificados por espécie.

Resultados e Conclusão

Foram identificadas nove espécies de flebotomíneos, sendo Lutzomyia longipalpis a predominante (97%), com um total de 22.128 espécimes capturados. 50,9% capturados na área intervenção e 49,1%, na área controle. Quanto a distribuição temporal, na área intervenção ocorreu o aumento da densidade no período de ago-nov/2021, havendo um decréscimo entre nov/2021 e fev/2022, voltando a aumentar até atingir o ápice no mês de abr/2022. Na área controle, foi observado aumento da densidade entre nov/2021 e jan/2022, ocorrendo na sequência queda até fev/2022, quando torna a subir até atingir seu pico no mês de mar/2022. Dados os resultados obtidos com a pesquisa, é possível concluir que não há diferença entre a área controle e área intervenção, com maior frequência nos meses de março e abril, respectivamente. Os resultados reforçam a importância de uma abordagem de manejo integrado no programa de prevenção e controle da leishmaniose visceral.

Palavras-chave

leishmaniose, flebotomíneos, vetores, vigilância entomológica, Montes Claros.

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Luan Felipe LEAL, Mayara Oliveira RAMOS, Marilia Fonseca ROCHA, Eunice Aparecida Bianche GALATI, Guilherme WERNECK, Fredy GALVIS-OVALLOS