Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS NOTIFICAÇÕES POR SÍFILIS EM POVOS INDÍGENAS NO NORDESTE DO BRASIL, ENTRE 2010-2020

Introdução

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), curável e exclusiva do ser humano. Tem como agente etiológico a bactéria Treponema pallidum, e pode ser classificada em sífilis primária, secundária, latente e terciária. Tendo como via de transmissão o contato sexual sem preservativo, uso de drogas, transfusão sanguínea, ou transmissão vertical. Sendo considerada um sério problema de saúde pública. Estudos
sobre IST em populações indígenas no Brasil são escassos, dificultando o conhecimento da magnitude do problema nessa população e ampliando a situação de invisibilidade - e de vulnerabilidade - dessas populações frente a essas infecções.

Objetivo (s)

Analisar o perfil epidemiológico de sífilis em populações indígenas do Nordeste entre 2010 e 2020.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo dos casos notificados de sífilis em população indígena nos anos de 2010 a 2020, residentes nos estados do Nordeste brasileiro. Para as análises foi utilizada a base de dados disponibilizada pelo Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena do Ministério da Saúde.

Resultados e Conclusão

Resultados: Em relação a sífilis na região Nordeste, foram notificados um total de 375 casos de 2010 a 2020. O estado de Pernambuco apresentou o maior número de casos, 208 casos (55,47%), seguido do Ceará com 58 casos (15,4%), Alagoas e Sergipe 48 casos (11,5%), Bahia 34 casos (9,1%) e Paraíba com 32 casos (8,5%). As variáveis demográficas demonstraram que a maioria dos casos notificados eram do sexo masculino (51,2%). A idade média entre os indígenas foi de 33,84 anos. Os anos 2018 e 2019 representaram os períodos com os maiores números de casos (201 casos, 53%). Em contrapartida, entre os anos de 2010 a 2012 não houveram registro de casos notificados. Conclusão: Observa-se um número pequeno de casos de sífilis notificados na década estudada, sugerindo subnotificação. A subnotificação da doença pode estar associada ao preenchimento incompleto das fichas de notificação, em relação à variável raça ou local de domicílio, ou ao não acesso ao diagnóstico e triagem para sífilis nessas populações. Estudos prospectivos são necessários para o entendimento da transmissão da doença em populações indígenas e adequado manejo e controle.

Palavras-chave

Perfil epidemiológico; Sífilis; Saúde de Populações Indígenas.

Agradecimentos

1- Universidade Estadual da Bahia, Salvador- BA
2- Instituto Gonçalo Moniz- Fiocruz Bahia, Salvador- BA
3- Faculdade de Farmácia- Universidade Federal da Bahia, Salvador- BA
4- Universidade Estadual Santa Cruz- Ilhéus-BA

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Rodrigo André Santos Menezes, Marcos Vinicius L. Oliveira Francisco , Carina Carvalho Santos, Júnia Raquel Dutra Ferreira, Paulo Roberto Santana Melo, Soraia Machado Cordeiro, Isadora Cristina Siqueira