Dados do Trabalho


Título

Polimorfismos funcionais em genes que codificam citocinas envolvidas nas principais vias inflamatórias da COVID-19 e proteínas associadas ao risco de trombofilia no desenvolvimento da COVID longa

Introdução

Mesmo após o maior controle da COVID-19 por meio do desenvolvimento da vacina, a pandemia continua um desafio em saúde pública, com o grande número de pacientes desenvolvendo COVID longa. Assim, a busca por marcadores prognósticos/preditivos em COVID longa é um dos principais focos dos estudos em COVID atualmente.

Objetivo (s)

Investigar a associação de polimorfismos funcionais em genes que codificam citocinas de vias inflamatórias e proteínas associadas ao risco de trombofilia com COVID longa

Material e Métodos

A amostra foi dividia em dois grupos de pacientes que tiveram COVID-19, mas não precisaram de hospitalização: NLC (79 pacientes que não desenvolveram COVID longa) e LC (199 pacientes que desenvolveram COVID longa, apresentando seus sintomas por mais de três meses). Adicionalmente, as frequências dos polimorfismos estudados na população representativa de Belém foram obtidas de estudos anteriores à pandemia. A genotipagem foi feita por PCR em tempo real (TaqMan) para polimorfismos (SNPs) nos genes IFNG (rs2430561), TNFA (rs1800629), IL6 (rs1800795), IL6R (rs2228145), MTHFR (rs1801133) FV (rs6025), CD209, (rs4804803) CIITA (rs3087456), HLA-DPA1 (rs3077) e HLA-DPB1 (rs9277534).

Resultados e Conclusão

De todas as frequências genotípicas e alélicas dos SNPs estudados nos grupos LC e NLC, dois SNPs, rs2430561 (Interferon Gama, IFNG) e rs1801133 (Metilenotetrahidrofolato redutase, MTHFR), apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos (teste exato de Fisher). O genótipo AA do gene IFNG, associado a menor expressão, foi observado em maior frequência entre pacientes com COVID longa (60%), e essa diferença foi estatisticamente significativa (p=0,033). Além disso, o genótipo CC do gene MTHFR, associado a maior expressão, também foi mais frequente entre os pacientes com COVID longa (49%), p= 0,045. Nossos resultados são os primeiros a fornecer pistas iniciais sobre a associação de citocinas e do metabolismo de um carbono mediado por folato com COVID longa. A base genética do desencadeamento da COVID longa é escassa e nosso estudo está entre os primeiros a abordar os fatores genéticos do hospedeiro subjacentes à doença. Trata-se de uma das primeiras abordagens multigênicas com escolha racional de polimorfismos candidatos em amostras bem delimitadas para ausência ou ocorrência de COVID longa, controlado pela gravidade aguda da doença.

Palavras-chave

COVID longa; polimorfismos; IFNG; MTHFR

Agradecimentos

SECTET, Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPESPA), CAPES, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ)

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Rosilene da Silva, Kevin Matheus Lima de Sarges, Marcos Henrique Damasceno Cantanhede, Flávia Póvoa da Costa, Erika Ferreira dos Santos, Daniele Freitas Henriques, Giselle Maria Rachid Viana, Juarez Antônio Simões Quaresma, Luiz Fábio Magno Falcão, Antonio Carlos Rosário Vallinoto, Eduardo José Melo dos Santos