Dados do Trabalho
Título
COVID-19 e Doença Renal Crônica: Monitoramento de pacientes em terapia renal substitutiva atendidos no Hospital da Baleia em Belo Horizonte/MG durante a pandemia causada pela infecção por SARS-CoV-2
Introdução
A Doença Renal Crônica (DRC) é um fator de risco para o desenvolvimento da forma grave da COVID-19. Com o surgimento das novas variantes observou-se a necessidade de acompanhamento dos pacientes em terapia renal substitutiva durante os picos da pandemia de SARS-CoV-2, antes e após vacinação. Foi observado que a variante Alpha causou a primeira onda de infecção no Brasil de março a outubro de 2020, enquanto a variante Gama foi a mais dominante de novembro de 2020 a maio 2021. A terceira onda de infecção foi causada pela variante Delta, de junho a dezembro de 2021, seguido pela variante Omicron, que segue dominante desde janeiro de 2022.
Objetivo (s)
Compreender o comportamento da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes em terapia renal substitutiva do Centro de Nefrologia do Hospital da Baleia em Belo Horizonte/MG.
Material e Métodos
Este estudo incluiu 291 pacientes positivos para SARS-CoV-2 por RT-qPCR de março 2020 a abril de 2022. Sendo 86 com DRC e 205 indivíduos sem histórico de doença renal crônica (não-DRC) internados no Hospital da Baleia (Belo Horizonte, Brasil) Todos os pacientes foram classificados de acordo com Gravidade da COVID-19 de acordo com a OMS e distribuída em subgrupos de acordo com a data do diagnóstico e cada onda de Variantes do SARS-CoV-2 no Brasil.
Resultados e Conclusão
As características dos pacientes com DRC e não-DRC foram, respectivamente: idade (63,0 e 55,6) anos, sendo 50 (58%) e 125 (61%) do sexo masculino. Já no sexo feminino 36 (42%) e 80 (39%) Os sintomas mais comuns na DRC e pacientes sem DRC foram, respectivamente: febre 39 (26%) e 90 (44%), tosse 37 (25%) e 122 (60%) e dispneia 24 (16%) e 111 (54%). A variante Gama e Omicron foram as mais prevalentes no grupo de DRC 27 (32%) e 25 (29%) respectivamente , e não-DRC a variante Delta de menor prevalência 5 (2%). Um número maior de casos leves de COVID-19 foi observado entre pacientes com DRC em comparação não-DRC, porem as analises demonstram que pacientes com DRC tiveram uma maior evolução a óbito. Pacientes com DRC apresentaram maior risco de óbito durante o pico pandêmico quando comparado com pacientes não-DRC
Palavras-chave
COVID-19; Doença Renal Crônica; Hemodiálise; SARS-CoV-2; Variantes
Agradecimentos
Equipe DATA; Hospital da Baleia; Fiocruz Inova
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Adelina Júnia Lourenço Assis, Priscilla Soares Filgueiras, Nathalie Bonatti Franco Almeida, Camila Amormino Corsini, Daniel Alvim Pena Miranda, Raphael Antônio Silva, Cecilia Maria Florencio Bicalho, Rafaella Fortini Grenfell Queiroz