Dados do Trabalho


Título

Prevalência de parasitoses intestinais em pacientes atendidos no hospital universitário do rio de janeiro antes e durante pandemia de coronavirus

Objetivo (s)

Avaliar a prevalência dos principais parasitos intestinais em pacientes atendidos no maior hospital universitário da cidade do Rio de Janeiro, antes e durante a pandemia de COVID-19.

Material e Métodos

Estudo retrospectivo de análise de exames coproparasitológicos. O período de pré-pandemia foi de 29 de agosto de 2019 a 5 de março de 2020, e da pandemia de COVID-19, de 5 de março de 2020 a 31 abril de 2022. Os parasitologistas pesquisaram ovos, larvas, trofozoítos, cistos das fezes encaminhadas ao hospital de ensino. Quatro métodos parasitológicos foram utilizados nesta investigação, como: o de Lutz, Faust, Baermann-Moraes, Kato-Katz. A pesquisa de coccídeos só foi realizada de acordo com a indicação médica. As diferenças de proporções foram comparadas usando o teste σ² ou o teste exato de Fisher. As análises foram realizadas no software Stata 12.1 (StataCorp; TX,USA).

Resultados e Conclusão

A média de idade pré-pandemia foi 45,4 + 3 anos e pós-pandemia de 42,6 + 1,7 anos. De 5030 amostras avaliadas, 1.669 (33,1%) no período pré-pandemia e 3.661 (72,7%) na pandemia. No total das amostras somente 4,3% foi positiva para uma parasitose. Na pré-pandemia, as seguintes prevalências de protozoários foi observada: Endolimax nana (54,9%), Entamoeba coli (21,1%), Entamoeba histolytica (0%), Iodamoeba butschlii (2.8%), Giardia intestinalis (16,9%), Blastocystis hominis (1,4%), Cystoisospora belli (0%). Quanto aos nematoides encontramos: Enterobius vermicularis (1,4%), Strongyloides stercoralis (1,4%), Ancilostomídeo (0%), Ascaris lumbricoides (0%). Na pandemia, a prevalência foi a seguinte: E.nana (54%), E.coli (23,3%), E.histolytica (2%), Iodamoeba butschlii (2,7%), G.intestinalis (9,3%), B. hominis (0,7%), C.belli (0,7%), E.vermicularis (4%), S.stercoralis (1,3%), Ancilostomídeo (0,7%), A. lumbricoides (1,3%). Realizando uma análise estatística antes e durante a pandemia não encontramos uma diferença estatística significante na frequência de protozoários ou nematóides.
O primeiro caso de paciente com COVID-19 no Brasil foi notificado em 26 de fevereiro de 2020. A frequência de diarreia na série de casos de pacientes com coronavírus variou de 2 a 50%. Durante a pandemia, o laboratório de parasitologia teve uma alta demanda. O principal protozoário patogênico identificado nesta pesquisa foi a Giardia intestinalis A prevalência geral de Strongyloides stercoralis foi de 1,35%.

Palavras-chave

Enteropatias parasitárias, Pandemia, COVID-19

Agradecimentos

Rede Hospital Casa

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Paulo Vieira Damasco, Rafael Silveira Alves de Sá, Luiz Claudio de Assis Kneodler Junior, Julio Cesar Delgado Correal