Dados do Trabalho


Título

LARVA MIGRANS CUTÂNEA: RELATO DE CASO EM REGIÃO LITORÂNEA DA BAHIA, BRASIL

Objetivos(s)

Relatar a ocorrência de LMC em um indivíduo adulto em uma região litorânea do estado da Bahia, Brasil.

Relato do Caso

Introdução: A convivência cada vez mais estreita entre humanos, cães e gatos é benéfica, mas traz preocupações, como o risco de exposição a parasitos zoonóticos intestinais como a Larva Migrans Cutânea (LMC), que possui a sinonímia “bicho geográfico”. Consiste de uma dermatite infectoparasitária, acometida aos seres humanos, por migração de larvas de ancilostomídeos que promovem um traçado sinuoso na epiderme. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo da ocorrência de LMC, em um indivíduo do sexo masculino atendido em consultório particular na cidade de Salvador, capital baiana. Respeitou-se questões éticas quanto a submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e assinatura prévia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultado/Relato do caso: Homem de 64 anos, branco, casado, residente em zona urbana da cidade de Salvador, Bahia. Procurou atendimento em unidade de saúde particular em decorrência de edema, prurido e 'vermelhidão' no pé direito com duas semanas de evolução, lesão “em túnel” no dorso do pé e surgimento de linhas contornando a região plantar. Ao exame, apresentava lesões serpiginosas, eritematosas, pruriginosas e irregulares no dorso e na região plantar do pé direito, compatível com LMC. Informou ter apresentado os sintomas aproximadamente uma semana após ter retornado de uma viagem ao povoado de Baixio, na região litorânea do município baiano de Esplanada. Neste ambiente, relatou ter plantado mudas de moringa na praça do povoado, sem uso de calçados e em contato direto com o solo local, onde frequentemente circulam cães e gatos domesticados e não domesticados. O aspecto das lesões e a história de retorno de ambiente de praia, provavelmente contaminado, permitiram o diagnóstico clínico de LMC. Instituiu-se terapêutica com Tiabendazol pomada duas vezes ao dia e regressão dos sintomas em uma semana.

Conclusão

Baseando-se no conceito de “One Health”/Saúde Única, a saúde humana, animal e vegetal são interdependentes e vinculadas à saúde dos ecossistemas em que existem. Como profilaxia para a LMC deve-se ponderar e restringir acesso de animais a locais públicos, bem como medidas de controle de seus geohelmintos (como os ancilostomídeos) por diagnóstico e tratamento específicos e limpeza regular das praças, procurando “quebrar” o estabelecimento da tríade epidemiológica da infecção.

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Felipe Sampaio Da Cruz, Mariana Soares de Almeida, Ana Lúcia Moreno Amor