Dados do Trabalho


Título

PREVALÊNCIA DE ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BA: UMA ANÁLISE ECOLÓGIOCA DE 2012 A 2022

Introdução

A esquistossomose é uma doença parasitária que acomete 200 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a maioria dos estudos sobre a distribuição de casos positivos é direcionada a grupos populacionais definidos. A utilização dos sistemas de informação geográficas são úteis para a localização precisa de pessoas acometidas com a doença, para estimar as áreas de maior ocorrência e para realizar análise temporal relacionada à distribuição e morbimortalidade dos casos de esquistossomose.

Objetivo (s)

Avaliar a distribuição espaço-temporal de S. mansoni no município de Salvador-BA e descrever as alterações do perfil epidemiológico entre 2012 e 2022.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, no qual foram utilizados resultados de exames coproparasitológicos de indivíduos atendidos no Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia (LACTFAR/UFBA) no período de 2012 a 2022. Os casos positivos para S. mansoni foram analisados por gênero, faixa etária e bairro de residência. A construção dos mapas temáticos foi baseada em médias móveis utilizando média trienal de 2012 a 2022. A incidência anual foi calculada para todos os bairros de Salvador-BA.

Resultados e Conclusão

No período de estudo, 25.531 indivíduos apresentaram resultado positivo para alguma enteroparasitose. Destes, 697 (2,7%) foram de indivíduos com resultado positivo para S. mansoni, dos quais 325 (46,6%) foram do sexo masculino e 372 (53,4%) do feminino. Considerando o total de casos, observou-se maior número em indivíduos com idade entre 35 a 49 anos (35,4%), seguidos por 20 e 34 anos (28,8%) e 50 a 64 anos (19,8%). Surpreendentemente, os mapas de distribuição por bairro mostraram as maiores concentrações de casos de esquistossomose mansônica em localidades centrais da cidade, muitas das quais com infraestrutura com fornecimento de água potável e drenagem de esgoto, tais como Ondina (20,8%), Barra (15,1%), Canela (4,1%) e Federação (4,1%). Contudo, houve casos em quase todos os bairros da cidade, incluindo os periféricos. No presente estudo, foi verificada maior concentração de casos em bairros centrais da cidade. Contudo, o banco de dados encontra-se em análise para melhor identificação dos bairros de residência dos indivíduos atendidos no LACTFAR. Apesar deste viés, nossos resultados podem orientar futuras iniciativas de saúde por meio de medidas de controle integradas intensivas em áreas com alto número de casos de esquistossomose.

Palavras-chave

Esquistossomose, Distribuição, Salvador, Epidemiologia

Agradecimentos

CNPq, CAPES, FAPESB

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Débora Silva Amorim, Neci Matos Soares, Randrin Queiroz Viana Ferreira, Sumaya Azevedo Ramos Oliveira, Felipe Silva Santos Jesus, Daniel Dias Sampaio, Tycha Bianca Sabaini Pavan, Ângelo Antônio Oliveira Silva, Rafael Macêdo Santos, Márcia Cristina Aquino Teixeira, Fred Luciano Neves Santos