Dados do Trabalho

Título

Atividade larvicida e genotóxico em Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762) (DIPTERA: CULICIDAE) exposto ao óleo essencial de Piper Baccans (MIQ.) C.DC

Introdução

O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor da dengue, zika e chikungunya em diversos países, cuja disseminação, entre outros fatores, está relacionada à resistência do mosquito aos diversos inseticidas sintéticos. Por outro lado, óleos essenciais (EO) extraídos de diversas plantas, como as da família Piperaceae são uma alternativa natural para o controle do vetor, devido a reconhecida atividade biológica promovida por diversas substâncias voláteis. Neste contexto, o EO extraído da espécie Piper baccans (MIQ.) C.DC, ainda que desconhecida suas características químicas, pode ser uma alternativa viável contra as larvas do A. aegypti, em virtude desse estágio ser o mais susceptível aos testes biológicos padronizados pela Organização Mundial de Saúde. Assim, o objetivo do estudo é investigar a ação biológica do EO de P. baccans contra larvas de A. aegypti.

Objetivo (s)

Atividade biológica do OE de P. baccans sobre larvas de Aedes aegypti.
Avaliar a toxicidade e efeito genotóxico do OE contra larvas de A. aegypti

Material e Métodos

O OE extraído das folhas de P. baccans por hidrodestilação foi avaliado em concentrações de 1,95 a 31,25 µg/mL previamente preparadas em 1 mL de DMSO, contra larvas de 3° ínstar de A. aegypti (n=250) em triplicata. DMSO também foi avaliado nestas condições. Espinosade (n=100) (controle positivo) foi avaliado de acordo com as orientações do fabricante (1 a 10 µg/mL). As larvas que sobreviveram ao bioensaio foram avaliadas para identificar os efeitos citológicos do OE no organismo larval.

Resultados e Conclusão

O Óleo essencial de Piper baccans apresentou atividade larvicida (CL50 de 10,68 µg/mL e CL90 de 22,11 µg/mL), no controle positivo Espinosade (0,032 µg/mL) verificou-se 100% mortalidade, enquanto que no controle negativo DMSO (31,25 µg/mL) não foi observado mortalidade. As larvas que sobreviveram após 72 h de exposição ocorreu ação genotóxica promovida pela má formação do micronúcleo e destruição cromossômica com células apoptóticas e necróticas, cromossomo metafásico com perda, grupos cromossomos metafásico e células binucleadas.Os resultados demonstram que o óleo essencial extraído das folhas de Piper baccans é um larvicida natural contra larvas de Aedes aegypti, com modo de ação citológico.

Palavras-chave

Controle biologico, Piperracea, Óleo essencial

Agradecimentos

Laboratório de Malária e Dengue (LMD), Laboratório de Citogenética, Genômica e Evolução de Mosquito (LCGEM), FAPEAM