Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE ABANDONO DE TRATAMENTO PARA A TUBERCULOSE NA REGIÃO DO XINGU (PARÁ) ENTRE OS ANOS DE 2017 A 2022

Introdução

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa transmitida por via respiratória pelo Mycobacterium tuberculosis. O tratamento possui alta efetividade sendo oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, é crescente os índices de abandono de tratamento, o que caracteriza um importante problema de saúde pública, pois implica na manutenção da cadeia de infecção e proporciona o desenvolvimento de cepas resistentes a medicação.

Objetivo (s)

Analisar o perfil epidemiológico de abandono do tratamento de tuberculose na região do Xingu no período de 2017 a 2022.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal e descritivo, relacionado aos casos de abandono do tratamento para a tuberculose na Região do Xingu, localizada no estado do Pará. A coleta foi realizada no mês de março de 2023 sendo utilizados os dados registrados entre 2017 a 2022 junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de informática do SUS (DATASUS). Sendo as variáveis analisadas: faixa etária, raça/etnia, escolaridade, sexo, tipos de entrada, situação social, forma da doença e alcoolismo.

Resultados e Conclusão

Entre 2017 a 2022 foram notificados um total de 63 casos de abandono de tratamento para a tuberculose na região do Xingu, representando 10,8% dos casos notificados. No período em análise, o município que apresentou maior percentual de abandono do tratamento foi Brasil Novo (19,61%) e dentre os anos analisados 2020 foi o que evidenciou o maior número de abandonos (30,16%), podendo o presente fato estar relacionado com a pandemia da COVID-19. Com relação ao perfil dos pacientes que abandonaram o tratamento, predominaram pessoas do sexo masculino (85,7%), cor parda (77,7%), faixa etária de 20 a 39 anos (53,97%) e com ensino fundamental 1 incompleto (20,63%). Destaca-se o fato de 3,17% dos abandonos serem de pessoas em situação de rua. Observou-se também que 17,46% dos casos de abandono foram de pessoas que sofrem de alcoolismo. Ademais, nota-se que a forma da TB que mais apresentou abandono foi a pulmonar (95,24%) e o tipo de entrada predominante foi de novos casos (76,19%), no entanto é interessante salientar que a reincidência de abandono foi de 17,5%. Diante do exposto, pode-se concluir que existe um perfil predominante que necessita ser melhor trabalhado com ações de cuidado em saúde, com a finalidade em diminuir cada vez mais o abandono no tratamento da tuberculose, bem como prevenir os danos ocasionados pela doença.

Palavras-chave

Tuberculose; Abandono de tratamento; Saúde pública.

Área

Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Gilberto Carneiro dos Santos Junior, José de Siqueira Amorim Júnior, Fabricio de Lucca Freitas Matos, Jonatan Pinho Rodrigues da Silva, Elusa Maria Paiva Corrêa, Gabriela Gomes Machado , Jonathan de Sousa Cunha, Roberto Carvalho Santos, Angra Juliane Fonseca Vieira, Helayne Vasconcelos Duarte Ribeiro, João Madson da Silva Sousa