Dados do Trabalho


Título

Gestão de resíduos medicamentosos gerados em farmácias : um olhar para um município do sertão paraibano

Objetivo (s)

Investigar como as farmácias gerenciam seus resíduos farmacêuticos quanto ao manejo e destinação final em Cajazeiras - PB.

Material e Métodos

O presente estudo foi desenvolvido na cidade de Cajazeiras, localizada no Sertão do estado da Paraíba. Trata-se de uma pesquisa de caráter quali-quantitativa cujos dados foram coletados através de análise observacional e de um questionário acerca do PGRSS das farmácias, descarte de medicamentos vencidos e a existência de Logística Reversa aplicado a 12 estabelecimentos farmacêuticos situados no centro da zona urbana do município. A pesquisa foi composta por questões objetivas e subjetivas, estruturadas e adaptadas de acordo com a RDC 222/2018. Em seguida, os dados foram tabulados no software Microsoft Excel.

Resultados e Conclusão

Os resultados apontaram que 71,41% das farmácias entrevistadas possuem um Plano de Gerenciamento de Serviços de Saúde (PGRSS) e o serviço terceirizado é quem dá a destinação final dos resíduos. Em relação a logística reversa, 71,42% recebem os medicamentos, porém não há caixas coletoras visíveis aos consumidores, enquanto 42,85% afirmam que não recebem os medicamentos do público consumidor. A maioria das farmácias pesquisadas possuem um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde, contudo é necessário que algumas farmácias esclareçam melhor como se dá a destinação dos resíduos e promovam a capacitação adequada dos funcionários para que os cidadãos tenham conhecimento dos locais de descarte adequado e dos prejuízos ao ambiente em decorrência do descarte inadequado dos medicamentos vencidos ou em desuso. A fiscalização da AGEVISA é primordial para averiguar como é realizado o processo de incineração feito por algumas farmácias, bem como uma ação conjunta entre este órgão e as farmácias para realizar campanhas de conscientização para população da cidade orientando sobre o descarte correto de medicamentos. É necessária mais vigilância, conscientização dos estabelecimentos, exigência dos planos de gerenciamento e incentivar de forma educativa a população sobre a importância dos descartes corretos para diminuir os impactos ambientais gerados por unidades de serviços de saúde. Pela relevância para a saúde humana, ambiental e considerando os conceitos de Saúde Única, é importante realizar outros estudos no que compete aos órgãos reguladores para saber como ocorre a fiscalização e como trabalham na perspectiva de diminuir os impactos ambientais gerados por unidades de serviços de saúde.

Palavras-chave

Meio Ambiente; Logística Reversa; Saúde Pública

Área

Eixo 01 | Ambiente e saúde

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Marília Andreza da Silva Ferreira, Clara Alice Costa Bezerra