Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE ESCORPIONISMO NA BAHIA NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2010 A DEZEMBRO DE 2020.

Introdução

O escorpionismo é uma doença tropical negligenciada que continua a assolar a população brasileira, em especial a Bahia.

Objetivo (s)

O estudo tem como objetivo definir o perfil epidemiológico de casos de escorpionismo na Bahia no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2020

Material e Métodos

Trata-se de uma pesquisa básica, exploratória e descritiva. Como instrumento de pesquisa, consultou-se o Sistema Único de Saúde. Para a busca, utilizou-se as variáveis: número de ocorrência por município, faixa etária, sexo, tempo entre o acidente e o atendimento, local da picada e gravidade. Após extração dos dados, realizou-se análise estatística, construção de tabelas e gráficos, com o programa SPSSW.

Resultados e Conclusão

Entre os resultados, verificou-se 144.473 casos de escorpionismo na Bahia, sendo o estado nordestino com maior taxa de registros, com 16.961 casos em 2021. Observou-se que 60% ocorreram na região Centro-Sul do estado. Constatou-se maior incidência destes entre 20 e 39 anos (44.920 casos), com maior prevalência no sexo feminino (50,94%) e em indivíduos da raça parda (72,63%). Observou-se que metade dos casos são acolhidos na primeira hora após o acidente e até dois terços nas primeiras 3 horas, sendo que 12% tiveram um intervalo de tempo maior que 3 horas. Constatou-se que os dedos das mãos foram as áreas mais afetadas (25%), seguido dos pés (20%). A maioria dos casos foram leves (85%), sendo que os graves corresponderam a 1% dos casos. A maior parte, evoluiu para cura (99,82%), sendo apenas 228 casos de óbito pelo agravo no período. A porcentagem de casos graves é maior entre 0 e 4 anos (2-4%), quando comparados com outros estratos etários. Portanto, fica evidente que o escorpionismo é um problema de saúde pública muito relevante na Bahia, em especial na região Centro-Sul. Há a necessidade de intervenção pública com ações que assegurem o controle biológico, informação, prevenção dos acidentes e tratamento adequado. Uma alternativa é a propagação de informação nas Unidades de Saúde da Família e a inserção da equipe multiprofissional, com farmacêutico clínico, na unidade de urgência e emergência, para auxílio na prescrição de soros antivenenos e orientação da equipe.

Palavras-chave

Palavras-chave: epidemiologia; picada de escorpião.

Área

Eixo 03 | Acidentes por animais peçonhentos

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Bárbara Bernardes Magalhães, Elisamar Ramos de Oliveira Filha, Eger Claudio Campos Moreira, Géssica Ferreira de Oliveira, Gustavo Bittencourt Coutinho Andrade, Jordana Brandão de Souza, Lis Ribeiro Couto, Tarcísio Nascimento Coutinho, Irineu dos Santos Viana, Davi Tanajura Costa