Dados do Trabalho
Título
Detecção molecular de carbapenemases e do gene mcr-1 em Klebsiella spp. provenientes de amostras clínicas de Unidades de Terapia Intensiva em Porto Velho/RO.
Introdução
A produção de carbarpenemases têm se tornado um dos maiores desafios para a saúde pública, dado ao seu alto potencial de disseminação e as taxas de mortalidade por infecções causadas por bactérias com tais genes. A colistina é um dos poucos antibióticos que tratam infecções por microrganismos multirresistentes, todavia, há relatos de resistência a esse antimicrobiano devido a mutações em genes cromossomais e ao gene plasmidial mcr-1. Entre os patógenos de relevância clínica em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Klebsiella spp. tem papel crucial na disseminação desses genes.
Objetivo (s)
Realizar a detecção molecular de carbapenemases do tipo blaKPC, blaNDM, blaOXA-48, blaIMP e blaSPM e do gene mcr-1 em Klebsiella spp. provenientes de espécimes clínicos de pacientes hospitalizados, profissionais de saúde e estruturas hospitalares de UTIs de Porto Velho/RO.
Material e Métodos
As coletas foram realizadas em três hospitais, entre os meses de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018, dezembro de 2018 a janeiro de 2019 e novembro de 2020. A identificação bacteriana foi realizada por PCR para o gene 16S (rRNA) e sequenciamento. A detecção molecular dos genes blaKPC, blaNDM, blaOXA-48, blaIMP e blaSPM e do gene mcr-1 foi feita por PCR convencional.
Resultados e Conclusão
De um total de 1.511 isolados bacterianos, 226 (14,9%) foram identificados como pertencentes a Klebsiella spp., desses, 62,4% foram obtidos a partir de amostras de pacientes, 23,9% de profissionais de saúde e 13,7% de estruturas hospitalares. Em pacientes hospitalizados, foi possível detectar o gene blaKPC em 21,2% (30/141) dos isolados, sendo 7,8% oriundos da cavidade oral, 6,4% axila, 3,5% traqueostomia, 2,1% sangue e 1,4% urina. Em estruturas hospitalares blaKPC foi detectado em 19,3% das bactérias (6/31), entre as quais 9,7% foram provenientes dos leitos, 6,4% do aparelho de ventilação e 3,2% chão/piso. Quanto aos isolados obtidos a partir de amostras de profissionais intensivistas 5,5% (3/54) albergavam blaKPC e foram oriundos das unhas. Destaca-se que no presente estudo não foi evidenciada a presença dos genes blaNDM, blaOXA-48, blaIMP, blaSPM e mcr-1. Os resultados obtidos ressaltam a importância do monitoramento constante de genes codificadores de carbapenemases em bactérias obtidas em ambiente hospitalar, sendo possível constatar que o principal mecanismo de resistência quanto à produção dessas enzimas em Klebsiella spp. em UTIs de Porto Velho/RO é decorrente da presença do gene blaKPC.
Palavras-chave
Carbapenemases; Klebsiella spp.; UTIs
Agradecimentos
EPIAMO e FAPERO
Área
Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
RENATA SANTOS RODRIGUES, IZABELLY VITÓRIA GOTARA RAMOS, NÚCIA CRISTIANE DA SILVA LIMA, MAYRA GYOVANA LEITE BELÉM, ROSIMAR PIRES ESQUERDO, VALCIMAR BATISTA FERREIRA, MARCOS EDUARDO PASSOS DA SILVA, ANJO GABRIEL CARVALHO, ROGER LAFONTAINE MESQUITA TABORDA, ANA PAULA D’ALINCOURT CARVALHO ASSEF, NAJLA BENEVIDES MATOS