Dados do Trabalho


Título

Lista de Flebotomíneos do Estado de Mato Grosso e distribuição das principais espécies vetores de Leishmanioses conforme o Bioma.

Introdução

As leishmanioses estão entre as 6 doenças infecciosas mais importantes, devido ao alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades. São doenças tropicais negligenciadas causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitidas por flebotomíneos: Phlebotominae (Diptera: Psychodidae). São mais de 530 espécies na região Neotropical e em torno de 40 são vetores nas Américas.

Objetivo (s)

Atualizar a lista de flebotomíneos e a distribuição espacial das 4 principais espécies vetoras das leishmanioses para o estado de MT.

Material e Métodos

Os dados foram obtidos através de trabalhos publicados para o estado, acrescidos de coletas entomológica realizadas pela equipe do Laboratório de Entomologia da Secretaria de Estado de Saúde (SESMT) de MT e municípios. As capturas ocorreram entre 2006 a 2021. Os exemplares foram clarificados, montados e identificados, seguindo Galati (2021).

Resultados e Conclusão

Nos 16 anos analisados, dos 141 municípios de MT, em 118 (83,69%) realizaram-se pesquisas entomológicas. São 75 de MT que estão no bioma Floresta Amazônica (53,19%), 62 municípios no Cerrado (44%) e 4 municípios no bioma Pantanal (2,84%). Capturou-se em 100% dos municípios do bioma Pantanal, 77,33% dos com Floresta Amazônica e 90,32% com Cerrado. Registrou-se 132 espécies, distribuídas em 17 gêneros. Nyssomia whitmani foi registrada em 88,98% dos municípios e Bichoromyia flaviscutellata em 45,75%, espécies consideradas principais vetoras de LTA no Brasil e no MT. Houve simpatria entre as espécies em 44,91% dos municípios. Ny. whitmani predominou nos municípios (105), registrada nos 3 biomas. Bi. flaviscullata (54), teve seu primeiro registo no Pantanal. Para vetoras de LV, Lutzomyia longipalpis esteve em 48,31% dos municípios e Lutzomyia cruzi em 34,75%, com simpatria entre as espécies em 25,42% deles. Registrou-se as 4 espécies de importância na epidemiologia da LTA e LV em todos os biomas. Dos 118 municípios pesquisados, apenas 10 não registramos as principais espécies de importância médica. Nossos achados revelaram a ampliação da vigilância entomológica para flebotomíneos em MT (68 para 118), assim como incremento quantitativo, partindo de 106 espécies, Missawa & Maciel (2007), para 132 espécies. Houve ampliação da vigilância entomológica no estado, assim como um incremento no número de espécies diagnosticadas, vale destacar um expressivo número de espécies envolvidas/incriminadas na transmissão de leishmanioses encontradas em MT.

Palavras-chave

Leishmanioses, Flebotomíneos, Biomas

Agradecimentos

SES-MT

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Sirlei Franck Thies, Jaqueline Aparecida Menegatti, Sinara Cristina Moraes, Mirian Francisca Martins