Dados do Trabalho


Título

TENDÊNCIA DA COBERTURA VACINAL DA TRÍPLICE VIRAL NO BRASIL, 2011-2021

Introdução

da Universidade de São Paulo, São Paulo/SP, Brasil.
O PNI era considerado um dos maiores programas de imunização do mundo, garantindo a eliminação da varíola e da rubéola congênita do cenário sanitário nacional. Entretanto, observa-se importante queda da cobertura vacinal (CV) emergindo como uma problemática de interesse para a saúde pública. Entende-se a necessidade de compreender os diferentes cenários epidemiológicos do Brasil, com intuito de auxiliar no direcionamento de estratégias sensíveis e congruentes aos diferentes contextos loco regionais.

Objetivo (s)

analisar a tendência temporal da cobertura da vacina tríplice viral em crianças de até um ano no Brasil, entre 2011 e 2021.

Material e Métodos

Estudo ecológico das regiões e estados brasileiros, utilizando dados da CV do imunobiológico tríplice viral em crianças de até um ano de idade aplicados no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2021, registrados no Sistema de Informação do PNI, acessado em outubro de 2022. A CV é calculada pela fórmula: razão dos registros da 1ª dose da vacina pelos dados de nascidos vivos com até um ano, obtidos pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, e o resultado multiplicado por 100. Para a análise estatística, foi utilizado o software Joinpoint Regression Program, empregando o método de regressão ponto a ponto. O ano calendário foi considerado a variável independente e as taxas de CV a variável dependente, estimando-se a variação percentual anual (APC) e seus intervalos de confiança (IC95%).

Resultados e Conclusão

No período de 2011 a 2021 a CV para tríplice viral apresentou queda no Brasil (APC: -6,4%; IC95%: -9,0; -3,8). As CV mais baixas do recorte temporal, no país foram em 2021 no Rio de Janeiro (59,4%) e no Acre (60,2%). Observou-se tendência decrescente acentuada no Nordeste (APC: -8,2%; IC95%: -10,8; -5,6), Centro-Oeste (APC: -6,9%; IC95%: -15,0; 1,8), Sudeste (APC: -6,8%; IC95% -9,2; -4,2) e Norte (APC: -6,3; IC95%: -10,5; -1,9). A Região Sul apresentou a menor variação negativa ao longo dos anos, inferior à média do país (APC: -4,4%; IC95%: -10,4; 1,9). Conclusões: importa considerar estudos como este para o planejamento de estratégias mais eficazes à imunização de crianças, considerando que as regiões Norte, Sudeste e Nordeste foram as mais afetadas pela queda da CV, sendo necessário romper as barreiras do acesso e ampliar a disseminação de informações fidedignas que aumentem a confiança na imunização.

Palavras-chave

Vacinas; Doenças Preveníveis por Vacina; Movimento contra Vacinação; Vigilância em Saúde Pública.

Agradecimentos

Capes

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Doutorado

Autores

Isadora Gabriella Silva Palmieri, Lucas Vinícius de Lima, Gabriel Pavinati, Leticia Rafaelle de Souza Monteiro, Vitória Maytana Alves dos Santos, Pedro Henrique Paiva Bernardo, José Arthur Paschoalotto Silva, Renato Meggiato Nabas, Gabriela Tavares Magnabosco, Ana Paula Sayuri Sato